22.7.05

O sonho de uma noite de São João



Sobre este novo filme de animação, li hoje no Y (Público) uma entrevista com o Produtor e Realizador Manolo Gómez. Trata-se de uma produção entre Portugueses e Espanhóis - quem diria! - e fiquei contente porque a indústria do entretenimento é já o motor de desenvolvimento de muitas cidades, o que face à conjuntura nacional é um sinal de ESPERANÇA!

Transcrevo aqui algumas passagens de Gómez:
"Tivemos muita dificuldade em conseguir o apoio das nossas televisões. Não sabemos claramente onde está o futuro desta grande indústria cultural, que é um motor de riqueza e de criação de emprego"

"Outra das nossas loucuras, do lado português como espanhol, é acreditarmos que é possível fazer filmes entre ambos, na animação, mas não só.
(...)
Estamos a estudar a possibilidade de continuar a colaborar para que a APPIA se converta num estúdio de referência europeu nas tecnologias de 3D. Isso depende muito de como vai correr o filme, mas também das políticas portuguesas relativamente ao cinema e à animação"

Por mim, podem contar já com o meu bilhete!

Faz-me lembrar a aula que tivémos com o prof. Câmara!... a ideia dele de trazer os estúdios da Pixar para Portugal pode não ser assim tão "louca", e bem que o país precisa! :)

Site oficial do filme

1 comentário:

Bruno Júlio disse...

Em relação aos capitais de risco, continuo a concordar com o que o presidente Jorge Sampaio afirmou há algumas semanas atrás, quando acusou a banca e investidores portugueses de que procuravam o lucro fácil, e é verdade! Os bancos continuam a apostar em vender crédito, e claro está, que o "tuga" vai atrás...

Outro bom investimento neste país, sempre foi o betão, por essa razão pensam que um aeroporto gigantesco e linhas de TGV são a saída para a crise.

Em relação ao nosso "know how" em cinema, seja ele de animação ou não, penso que temos a nossa indústria a viver dos subsídios comunitários, estagnada, e que não aproveita para inovar... Por um lado é bom termos um Manoel de Oliveira, mas não deixa de ser vergonhoso o facto de não aparecer um jovem cineasta com experiência e visão ao nível internacional a dar cartas em festivais e salas de cinema!